Na última semana, a justiça americana conheceu a primeira ação baseada em suposto ato de pirataria praticado no ambiente virtual do Second Life. Segundo o San Jose Mercury News, o empresário Kevin Alderman ingressou com ação contra um avatar chamado Volkov Catteneo, tendo em vista alegada reprodução não autorizada de um invento (virtual, diga-se de passagem) de sua propriedade.
Alderman alega ter criado, através do seu avatar Stroker Serpentine, a cama SexGen, que permite aos avatares fazer sexo dentro do game. Segundo ele, a criação, comercializada no mundo virtual, já teria lhe rendido 50 mil dólares. Catteneo - cuja identidade real ainda não foi obtida - teria copiado sua criação e passado a vendê-la por um terço do preço.
O caso, primeira ação entre avatares que se tem notícia, abre espaço para inúmeras indagações, que certamente ainda se multiplicarão com a crescente popularização do Second Life. Por exemplo, será que um invento virtual - como a cama SexGen em questão - seria passível de pedido de patente no mundo real? Ou será que questões dessa natureza deveriam ser solucionadas no próprio ambiente daquele mundo virtual? Nesse caso, não seria surpresa se, em breve, uma espécie de INPI do Second Life abrisse suas portas, visando a conceder privilégios exclusivamente para inventos lá desenvolvidos...
- ilustração reproduzida do site http://secondlife.com/
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